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HU implanta serviço de teleorientação durante pandemia

A partir da próxima quarta-feira, 22, o Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), implantará um serviço de saúde que abrange orientação, esclarecimento e condução médica de forma remota. Trata-se da teleorientação, que inicialmente servirá aos pacientes do próprio HU-UFS, com perspectiva de ser estendido à população em geral.

De acordo com o gerente de Ensino e Pesquisa do HU-UFS, professor Roque Pacheco, a iniciativa propõe fornecer orientações e esclarecimentos de dúvidas da população assistida pelo HU-UFS, bem como, nos casos possíveis, dar a conduta médica de forma remota, reduzindo os deslocamentos para o hospital.

“Vamos estruturar uma central telefônica para recebimento de dúvidas relacionadas aos cuidados em saúde de usuários, a fim de classificar, agrupar e direcionar para a melhor forma de respondê-las. A proposta é possibilitar conduta médica com especialistas do ambulatório, suprindo necessidades clínicas dos usuários a partir da classificação de suas queixas”, detalha Roque.

Triagem

Ele ressalta que serão triados os casos que necessitem de avaliação presencial, nas situações em que a presença é permitida, e agendados os horários de forma a não gerar aglomerações no ambulatório. Também está permitida a participação de estudantes durante os atendimentos para atuarem, sob supervisão, na classificação e direcionamento das respostas, tudo isso com regulamentação e orientação de professores da UFS.

Para possibilitar o serviço, estão envolvidos médicos que atuam no HU-UFS, professores do Departamento de Medicina da UFS, estudantes de medicina voluntários, alunos do internato de medicina, residentes, farmacêuticos e profissionais da Divisão de Gestão do Cuidado e do Setor de Gestão de Processos e Tecnologia da Informação (SGPTI) do HU, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju e com a Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe.

Estrutura

A equipe fará uso de salas do ambulatório do hospital, tendo à disposição dez aparelhos telefônicos com ramais e dez computadores com acesso ao Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU), que tem entre suas funções unificar práticas assistenciais e administrativas, auxiliando na Gestão Hospitalar.

Roque destaca que as orientações com necessidade de prescrição de medicamentos ou de consultas presenciais seguirão um fluxo específico. “As receitas médicas que forem geradas serão disponibilizadas para entrega aos usuários em uma recepção do ambulatório do HU-UFS, onde deverão ser dispensadas por farmacêuticos, conforme agendamento feito pela central telefônica. As consultas presenciais que forem necessárias, nos casos permitidos, serão agendadas em horários específicos, para não gerar aglomerações no ambulatório”, pontua o professor.

Inicialmente, a previsão é que a central telefônica funcione de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. “No primeiro momento os colaboradores, conforme escala, deverão entrar em contato com os pacientes agendados para realizar uma busca ativa das queixas, bem como divulgar os números da central telefônica. Esses números também serão divulgados pela mídia”, informa;

Posteriormente, no mesmo horário, ocorrerão as ligações espontâneas, por parte dos usuários, que deverão ser seguidas de um cadastramento dos dados do solicitante no AGHU, contendo dados como nome e número do registro de atendimento do ambulatório e descrição da queixa.

O teleatendimento, de forma inicial, atenderá aos pacientes do HU-UFS. “A proposta é estender o serviço à população como um todo, inclusive servindo como um canal de orientação sobre o Covid-19”, enfatiza, lembrando que a iniciativa surgiu em virtude da pandemia provocada pelo Coronavírus e das medidas preventivas de contato social impostas para o controle da sua transmissão.

Atuação da Rede Ebserh

Desde os primeiros anúncios sobre o Covid-19, a Rede Ebserh tem trabalhando em parceria direta com os ministérios da Saúde e da Educação, com participação nos Centros de Operações de Emergência (COE) desses órgãos, e tendo como diretrizes o monitoramento da situação no país e em suas 40 unidades hospitalares. Também tem atuado na realização de treinamento de funcionários da Rede, promoção de webaulas, definição de fluxos e instituição de câmaras técnicas de discussões com especialistas.

Em algumas regiões, as unidades da Rede Ebserh têm atuado como hospitais de referência ao enfrentamento do Covid-19, enquanto que em outras, atuam como retaguarda em atendimentos assistenciais para a população, por meio do Sistema Único de Saúde.

Andreza Azevedo

Núcleo de Comunicação Social do HU/Aracaju


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