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Grupo PET de Geografia traça Atlas da Covid-19

Informações coletadas pelo projeto do professor José Hunaldo Lima podem auxiliar as medidas de controle e prevenção da doença. (foto: Caio Ribeiro/Decav UFS)
Informações coletadas pelo projeto do professor José Hunaldo Lima podem auxiliar as medidas de controle e prevenção da doença. (foto: Caio Ribeiro/Decav UFS)

Em julho, Sergipe foi um dos estados brasileiros que registrou menores aumentos absolutos e percentual de infecções causadas pelo novo coronavírus. É o que mostra o “Atlas da Covid-19”, resultado de uma pesquisa desenvolvida no campus de Itabaiana pelo professor do Departamento de Geografia José Hunaldo Lima como parte das atividades desenvolvidas pelo Programa de Educação Tutorial de Geografia (PET-GEO). Ainda assim, ressalta o pesquisador, é fundamental que todas as medidas sanitárias de prevenção ao vírus sigam sendo adotadas a fim de evitar que os índices voltem a crescer.

Desde o segundo semestre de 2020, o pesquisador, em parceria com os estudantes que compõem o grupo, observam dados relacionados à covid-19, como disseminação e taxas de óbito em Sergipe e demais estados brasileiros, além do resto do mundo. As informações são fundamentais para auxiliar as medidas de controle e prevenção da doença.

Dados


Fonte: Atlas da Covid-19/Departamento de Geografia de Itabaiana/UFS.
Fonte: Atlas da Covid-19/Departamento de Geografia de Itabaiana/UFS.

O atlas mostrou também que, em relação à capital sergipana, julho foi o primeiro mês de 2021 em que houve dias sem óbitos na capital, reflexo da diminuição do número de infecções.

Em relação ao Brasil, a pesquisa identificou que mesmo com o avanço da vacinação e considerável diminuição no número de mortes, o país ainda foi o segundo em casos de covid-19 no mundo. Sendo que no Norte e Nordeste se encontram os menores aumentos e a parte central e o Sul continuam a apresentar o maiores números da pandemia, a exemplo do Paraná.

Já em relação à América do Sul, onde se propaga a terceira onda, em especial destaque para a parte Sul, há um elevado número de mortes, atrelado ao atraso no processo de vacinação, com destaque para Brasil, Colômbia, Argentina e Equador.

Conclusões


Fonte: Atlas da Covid-19/Departamento de Geografia de Itabaiana/UFS.
Fonte: Atlas da Covid-19/Departamento de Geografia de Itabaiana/UFS.

Dentre as várias considerações obtidas a partir da observação dos dados, Hunaldo destaca que nos países e regiões em que é dado um maior crédito à ciência os índices relacionados à covid-19 estão menores, como por exemplo, na Nova Zelândia.

Em contrapartida, os lugares com gestores negacionistas apresentam índices altos de contaminação, como Amazonas e Rondônia, citando exemplos brasileiros. Outro aspecto apontado pelo professor diz respeito aos efeitos positivos conquistados por países que avançaram na vacinação como Estados Unidos e Israel.

Em conversa com a equipe do “SE é Ciência”, podcast semanal de divulgação científica produzido por um grupo multidisciplinar de professores e pesquisadores da UFS, outras análises sobre covid-19 foram apresentadas. Confira aqui.

Parceria

O “Atlas da Covid-19” também auxilia o trabalho desenvolvido pelo professor do Departamento de Física André Maurício Conceição de Souza. “A partir dos resultados de mapeamento trazidos pelo professor Hunaldo, utilizamos as nossas fórmulas de dinâmica temporal e assim buscamos explicar o que está acontecendo e antecipar o que vai ocorrer em relação à pandemia”, detalha.

Também por meio dos estudos, explica o professor de Física, tem sido possível montar uma rede de conexão entre as cidades e assim identificar como ocorre o fluxo de contágio entre as populações de diferentes cidades e propor ações específicas para cada região ao poder público.

Andréa Santiago

comunica@academico.ufs.br


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